O futebol é o esporte favorito do homem. O esporte que não ousa dizer o nome, mas dá o telefone e marca, na encolha, um encontro. Quem se esquece do tango entre Maradona e Canniggia, com direiro ao boca-a-boca no fim? Todo mundo sabe muitas histórias, mas todas sussurradas, com piscadinhas de olhos, sorrisinhos no canto canhoto da boca. O armário serve mais do que para guardar a bola. Ou as bolas. 2 homoflagrantes de cortar o coração e apertar outros órgãos menos nobres aconteceram nesta Copa que começou falsamente heterossexual no rebolado da Shakira.
A cantada do Dunga no repórter careca da Globo. Em meio a entrevista, Dunga, era todo olhar, todo sorriso, todo desejo. Incontrolável, passou a mandar beijinhos e palavras ininteligíveis, mas de claro teor erótico, ao calvo interlocutor. Não há hora para o amor acontecer. Antevejo Escobar, celular em punho, sussurrando para o técnico canarinho ouvir em seu ponto de tradução simultânea: -Vai que é tua, Capitu!
Entretanto foi o amor não correspondido que arrancou lágrimas dos telespectadores mais sensíveis. Maradona promovia festinha com seus garotos no vestiário. Uma farra de beijos e cabelos compridos. Beijava um por um. Menos o mais brejeiro de todos. Tevez, o guapo. A recusa foi de encher os olhos d'água - um olho ao menos. O drible do Tevez no tiozinho foi, talvez, o último suspiro heterossexual em solo africano. O que estará ainda por vir?
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